Las histéricas somos lo máximo...

M a s t u r b a ç ã o 
no feminino


Eu faço porque eu posso, eu posso porque eu quero e eu quero porque me disseram que não podia. 

A maioria das mulheres evita falar sobre a masturbação e/ou cora quando se fala deste “encontro com nós mesmas” como lhe chama uma bela amiga, Erika do Camino Rubí. A verdade é que há muitos mitos que envolvem a masturbação feminina e mesmo com informação e uma aparente liberdade sexual até hoje é um tabu social e religioso, não verdades são passadas adiante, e muitas mulheres acreditam. Se colocarmos as palavras “masturbação” e “pecado” juntas no Google encontraremos 360.000 referências e para a Igreja Católica a masturbação é pecado grave contra o 6º Mandamento (Não pecar contra a Castidade).

Junto a palavra masturbação é costume aparecem, quase sempre, as questões:

Masturbação faz mal ou faz bem? 
Devemos nos masturbar? 
A masturbação causa doenças? 
Diminui o desejo sexual?

Pouco importam estas perguntas belas mulheres, porque a masturbação é uma coisa natural. Sabiam que há estudos que apontam que nós nos masturbamos já no útero da nossa mãe?! 
Sim, os fetos femininos (e os masculinos) masturbam-se até chegar ao orgasmosurpreendente verdade!?!  Em 1996, pesquisadores do Hospital Universitário Santa Maria della Misericordia em Itália, observaram um feto feminino na 32ª semana de gestação. Ele tocava a região da vagina em movimentos repetidos e depois tinha espasmos no corpo. Para os médicos, o feto não só se masturbou como "chegou lá"...

Masturbamo-nos mesmo antes de nascer, porque não continuar a faze-lo de forma plena, prazerosa e livre?

Masturbação ajuda a prevenir infecções do colo do útero e ajuda a aliviar as infecções do trato urinário. Embora seja do conhecimento geral que a masturbação regular pode reduzir o risco de cancro da próstata nos homens, os estudos mostram que a masturbação feminina também pode fornecer protecção contra infecções do colo do útero, porque quando as mulheres se masturbam, o orgasmo abre o colo do útero.

No seu livro “Sexo: Uma História Natural”, Joann Ellison Rodgers descreve como o processo de masturbação estica e puxa o muco no colo do útero, permitindo um aumento da acidez do líquido cervical. Isso aumenta bactérias “amigáveis” e permite uma maior fluidez na passagem do colo do útero na vagina. Quando o fluido “velho” se move a partir do colo aberto, não só lubrifica a vagina, mas também esvazia organismos hostis que podem causar infecções.

Muitas mulheres relatam o desejo de se masturbar quando sentem que estão com infecções urinárias, e por uma boa razão: masturbação ajuda a aliviar a dor e libera as bactérias antigas do colo do útero. É uma maneira do corpo colocar as bactérias para fora.

A masturbação está associada com a saúde cardiovascular e menor risco de diabetes tipo-2. Uma série de estudos, mostram que as mulheres que tiveram orgasmos com maior frequência e sentem mais satisfação com o sexo – com parceiro ou não – têm uma maior resistência à doença arterial coronária e diabetes tipo-2.

A masturbação pode ajudar a combater a insónia, naturalmente, através da libertação hormonal e da tensão. Muitas mulheres se masturbam como um meio para relaxar após um dia agitado ou para adormecer à noite, mas muitas vezes elas não sabem que há uma razão hormonal envolvida. A dopamina aumenta durante a antecipação de um clímax sexual. Após o clímax, as hormonas calmantes oxitocina e endorfinas são libertadas, fazendo-nos sentir um calor agradável que nos ajuda a dormir.

O orgasmo aumenta a força do assoalhado pélvico. Há muitos benefícios de ter um assoalhado pélvico saudável. Durante o orgasmo, o assoalho pélvico recebe um verdadeiro treino. O clitóris se avoluma com os picos de aumento da pressão arterial. Tónus muscular, frequência cardíaca, respiração aumentam. O útero sobe para fora do assoalhado pélvico, aumentando a tensão do músculo pélvico. Isso fortalece toda a região, bem como a tua satisfação sexual.

Melhora o nosso humor. Masturbação ajuda a aliviar sentimentos depressivos. Como nós ficamos estimuladas, os níveis hormonais de dopamina e adrenalina sobem nos nossos corpos. Ambas hormonas são impulsionadoras do humor. Muitos estudos mostram que mulheres que relatam satisfação com a sua vida sexual têm uma melhor qualidade de vida em geral.

Alivia o stress. No livro “For Yourself”, a terapeuta sexual Lonnie Barbach explica que a masturbação pode ajudar a aliviar o stress emocional, tendo tempo para nós mesmas, no meio das demandas do lar, família e trabalho.

Fortalece a nossa relação com nós mesmas. Quando sabemos nutrir-nos de amor nos níveis emocional e físico, ganhamos confiança e crescemos através da auto-consciência. Ser capaz de reconhecer, articular e experimentar o que traz prazer é um passo poderoso em direcção a auto-realização.

Fortalece a relação sexual com o/a parceiro/a. Muitos casais têm diferentes ritmos e necessidades sexuais. A masturbação é uma forma de satisfazer as necessidades pessoais não atingidas com companheiro/a.  Testemunhar um/uma parceiro/parceira a masturbar-se pode nos ensinar o que eles/elas gostam. Também pode abrir as linhas de comunicação entre parceiros/as que de outra forma poderiam supor que a “rotina” ainda funciona.

Com tantos benefícios, estão a espera de que para marcar um encontro com vocês mesmas? 

“Las histéricas somos lo máximo… las histéricas somos lo máximo… extraviadas, voyeristas, seductoras compulsivas, finas divas arrojadas al diván de Freud.. y de Lacan.
¡Ay, Segismundo, cuanta vanidad! Infantiloide malsano, el orgasmo clitoriano. ¡Ay, Segismundo, cuanta vaginalidad! El orgasmo clitoriano, se te escapa de la mano.
¡Ay, Segismundo! De tan macho, ya no encajas. No me digas que el placer es pura paja.
Por lo demás, correspondo a tus teorías: estoy llena de manías, sueños, fobias y obsesiones; sólo tu envidia del pene y el diván de tus eunucos administra mis pulsiones compulsivas.”





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