Ontem no meu 4º dia de menstruação…
pouco a pouco fui espreitando ao mundo, abrindo a minha energia ao exterior,
sentia-me orgulhosa do meu sangue, ele é a manifestação física da minha sabedoria
e estabilidade de mulher. Quando sangro sonho….descanso…. travo o meu ritmo e
ouço-me a mim mesma.
Partilhei o meu momento vermelho com três amigas, jantamos juntas e fomos ao teatro.
Partilhei o meu momento vermelho com três amigas, jantamos juntas e fomos ao teatro.
Fomos ver uma peça que aumentou ainda
mais a minha paixão pelas minhas hormonas preferidas (estrógenos e
progesterona). “YONI”, uma criação colectiva de 4 actrizes e
duas cenógrafas sobre o feminino.
Vivemos num sistema repressor que nos leva a associar a menstruação a dor, a impureza, a debilidade, a chatice, a maldição… E a peça trata com humor este olhar patriarcal… que nos submete a pílulas contraceptivas, a analgésicos “menstruais”, a tampões, a ritmos frenéticos que não respeitam o nosso corpo… tudo para “educar” um ciclo natural e sábio.
Vivemos num sistema repressor que nos leva a associar a menstruação a dor, a impureza, a debilidade, a chatice, a maldição… E a peça trata com humor este olhar patriarcal… que nos submete a pílulas contraceptivas, a analgésicos “menstruais”, a tampões, a ritmos frenéticos que não respeitam o nosso corpo… tudo para “educar” um ciclo natural e sábio.
A peça com humor fala de esse
momento no mês em que “ficamos doentes” e que para esconder a nossa doença
usamos tampões e pensos odor fresh.
Espero que todas as mulheres (e
homens) que tenham a oportunidade de ver entre ontem e hoje a peça “YONI” pense
um pouco e cheguem a conclusão que este conceito de “doença*” que se tem da menstruação
foi criado pela medicina alopática e é um conceito que esta muito (mas mesmo
MUITO) longe de entender tudo aquilo que representa para uma mulher o seu ciclo
menstrual. A energia que o nosso corpo gasta na gestação daquilo que podia ser
um bebé (a criação de 23 cromossomas que ao unir-se com os 23 masculinos criam
um feto) se desfaz em sangue para ajudar a depurar o nosso organismo.
Sabiam que na antiguidade as
chamãs e curandeiras utilizavam este “estado alterado de consciência” para dar
ao mundo claridade e conexão divina? Pois as coisas mudaram muito! E esta peça
explora isso mesmo todos essas ideias pré-concebidas do que "é" uma mulher
durante o seu ciclo fértil, como se comporta, como se sente… Com humor 4 mulheres exploram todas esses
lugares comuns do ciclo fértil e da menopausa. Gostei memsmo MUITO!
*Não digam que não têm este
conceito da menstruação porque têm, quantas de vocês não mencionam e se queixam
do SPM/TPM?
Não vi a peça "Yoni"!... Sinto-me longe de entender toda a amplitude do ciclo menstrual, mas algo é muito claro: ele ultrapassa a dimensão física, apesar de eu bem sentir essa dimensão, sobretudo, ao nível emocional. Contudo, os antigos xamãs, na sua ampla sabededoria, bem alcançaram outras dimensões!
ResponderEliminarCristiana Santos
ResponderEliminarQue noite boa! Foi muito bom rir de algo que para muitos é considerado sujo e negativo. Eis o verdadeiro espírito da mulher! Aceitemos do que somos feitas, aprendamos e por fim, rimo-nos por cima!