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Várias são as situações em que se usa a expressão "És mesmo uma menina" ou "Pareces uma menina". Os homens, por exemplo, entre eles quando um deles não cumpre com as expectativas (num jogo de futebol, numa briga, numa aposta...) tendem a dizer que "é como uma menina" sempre detestei esta expressão porque dizer que alguém fez algo “como uma menina” tende a ser pejorativo. Sempre me questionei por que ser mulher e fazer coisas como uma mulher é mau, inferior ou fraco?
E este mesmo questionamento foi o que a marca de pensos higiénicos Always colocou num vídeo/anúncio. A publicidade também pode fazer-nos parar para pensar, questionar e mudar.

A campanha foi criada pelas agências Leo Burnett’s de Chicago, Londres e Toronto, o vídeo, dirigido por Lauren Greenfield, o vídeo convida adultos e crianças para um experimento. Eles deveriam correr como uma mulher, arremessar como uma mulher e lutar como uma mulher. 

No teste, os adultos entenderam o “como uma mulher” de maneira pejorativa, da mesma forma que a frase vem sendo utilizada há séculos. Surpreendentemente, contudo, as meninas voluntárias interpretaram de forma bem diferente a expressão: elas correram, arremessaram e lutaram de verdade, com a força e a determinação de uma mulher.

Após o experimento, o grupo de adultos e o menino que entenderam a expressão “como uma mulher” de forma pejorativa assistiram ao vídeo das meninas e compreenderam o erro. É preciso questionar a cultura do machismo para garantir às mulheres a consciência de seu poder e força. Dar uma conotação pejorativa e fraca ao ser mulher é tornar insegura e submissa a menina que entra na adolescência e na vida adulta.

Muitas das expressões que usamos na nossa linguagem quotidiana directa ou indirectamente contribuem para uma cultura de desigualdade de géneros e devemos reflectir sobre isto. Devemos prestar atenção e questionar as situações informais nas quais se reforça os papeis de género. 

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